Público presente na abertura - Fala do professor Adeir Archanjo
Suicídio é um ato de coragem ou de covardia? Esta foi uma das muitas perguntas levantadas pela psicóloga Fernanda Rezende da Silva neste primeiro dia da palestra “Diálogos sobre Prevenção e Posvenção do Suicídio”, que terá continuidade na manhã desta terça-feira (10), no cineauditório da Unidade 1 da UFGD (Rua João Rosa Góes, 1761, Vila Progresso).
Por muito tempo um tema tabu na sociedade, alguns dos primeiros passos na tentativa de lidar melhor com o assunto seria falar sobre ele, tocar na ferida, mas também falar sobre a morte, as dores e as perdas e questionar-se sobre as expectativas e insatisfações quanto à vida que está sendo vivida. “Falar sobre suicídio não é falar sobre a morte, é falar sobre a vida. O que dói é viver”, afirma a psicóloga, sempre estimulando o público a interagir e compartilhar percepções e experiências.
Nesse sentido, o suicida não busca a morte, ele não consegue, tem incapacidade ou dificuldade de viver. Parte do problema seria o modelo de sociedade atual que gera muita frustração, onde tudo é descartável, tanto os objetos quanto as pessoas, que pela lógica do consumo, ficam obsoletas muito rapidamente e quando apresentam algum problema não são mais levadas para o conserto, são simplesmente jogadas fora.
Essas foram apenas algumas provocações feitas no começo do evento, que também contou com momentos de contextualização e algumas fundamentações teóricas. Ainda serão realizadas atividades em grupo e, provavelmente amanhã (10), será feita uma proposta de intervenção.
A partir deste evento, será institucionalizado o Grupo de Apoio Diálogos sobre Suicídio (GADSui), que buscará promover um ambiente de acolhimento e apoio emocional para as pessoas que passaram e passam pelo doloroso processo do luto pela perda de familiar, colega, amigo, vizinho ou ente querido, e também para aqueles que convivem com a dor e o estigma por terem realizado tentativa de suicídio.
ABERTURA
Na oportunidade, o vice-reitor da UFGD, Marcio Eduardo de Barros, disse que a ideia do evento é justamente poder conversar sobre esse problema dentro da instituição. “A partir do momento em que conversamos sobre o assunto, ele deixa de ser tabu. A nossa sociedade local ganha com isso também, com os servidores e alunos conversando e os pesquisadores estudando o assunto. Fico orgulhoso em poder ajudar nesse processo (...) E temos que levar em consideração que muita gente que gostaríamos de atingir não veio hoje, mas poderão receber o apoio após a palestra, com o grupo que será formado. Esta é sementinha e esperamos que vocês consigam multiplicar os conhecimentos adquiridos não só na instituição, mas fora também”, deseja o vice-reitor.
De acordo com o facilitador e coordenador do grupo de apoio, Adeir Archanjo da Mota, o debate sobre suicídio deve durar o ano inteiro, não apenas o mês de setembro, conhecido por Setembro Amarelo. “A luta pela prevenção ao suicídio deve acontecer durante todo o ano, porque a dor e o sofrimento emocional duram dias para alguns, mas meses e anos para parte significativa da população. Temos que estar sensibilizados e mobilizados para trabalhar sempre que possível em todos os espaços”, afirmou Adeir Archanjo.
Para a chefe da Unidade de Suporte à Urgência (USU) da UFGD, Maria Michelle Teixeira da Matta, é um prazer realizar um evento como este, porque além da palestra, é um momento de acolhimento, de troca de informações e de algumas angústias que cada um traz. O grupo será o espaço para conversar sobre a dor e o sofrimento na perda de um ente querido e também para as dores de alguém que quer atentar contra a própria vida.
REALIZAÇÃO
A palestra “Diálogos sobre Prevenção e Posvenção do Suicídio” terá sua segunda parte nesta terça-feira, das 8h às 11h15 e está sendo organizado pelo Grupo de Pesquisa Saúde, Espaço e Fronteiras (GESF) e pela Unidade de Suporte à Urgência (USU) com apoio da Ouvidoria e da Funaepe (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão).
INFORMAÇÕES
E-mail: gadsuiufgd@gmail.com
Evento: https://www.facebook.com/events/422510138174913/
Fonte: Assessoria de Comunicação da UFGD
Por muito tempo um tema tabu na sociedade, alguns dos primeiros passos na tentativa de lidar melhor com o assunto seria falar sobre ele, tocar na ferida, mas também falar sobre a morte, as dores e as perdas e questionar-se sobre as expectativas e insatisfações quanto à vida que está sendo vivida. “Falar sobre suicídio não é falar sobre a morte, é falar sobre a vida. O que dói é viver”, afirma a psicóloga, sempre estimulando o público a interagir e compartilhar percepções e experiências.
Nesse sentido, o suicida não busca a morte, ele não consegue, tem incapacidade ou dificuldade de viver. Parte do problema seria o modelo de sociedade atual que gera muita frustração, onde tudo é descartável, tanto os objetos quanto as pessoas, que pela lógica do consumo, ficam obsoletas muito rapidamente e quando apresentam algum problema não são mais levadas para o conserto, são simplesmente jogadas fora.
Essas foram apenas algumas provocações feitas no começo do evento, que também contou com momentos de contextualização e algumas fundamentações teóricas. Ainda serão realizadas atividades em grupo e, provavelmente amanhã (10), será feita uma proposta de intervenção.
A partir deste evento, será institucionalizado o Grupo de Apoio Diálogos sobre Suicídio (GADSui), que buscará promover um ambiente de acolhimento e apoio emocional para as pessoas que passaram e passam pelo doloroso processo do luto pela perda de familiar, colega, amigo, vizinho ou ente querido, e também para aqueles que convivem com a dor e o estigma por terem realizado tentativa de suicídio.
ABERTURA
Na oportunidade, o vice-reitor da UFGD, Marcio Eduardo de Barros, disse que a ideia do evento é justamente poder conversar sobre esse problema dentro da instituição. “A partir do momento em que conversamos sobre o assunto, ele deixa de ser tabu. A nossa sociedade local ganha com isso também, com os servidores e alunos conversando e os pesquisadores estudando o assunto. Fico orgulhoso em poder ajudar nesse processo (...) E temos que levar em consideração que muita gente que gostaríamos de atingir não veio hoje, mas poderão receber o apoio após a palestra, com o grupo que será formado. Esta é sementinha e esperamos que vocês consigam multiplicar os conhecimentos adquiridos não só na instituição, mas fora também”, deseja o vice-reitor.
De acordo com o facilitador e coordenador do grupo de apoio, Adeir Archanjo da Mota, o debate sobre suicídio deve durar o ano inteiro, não apenas o mês de setembro, conhecido por Setembro Amarelo. “A luta pela prevenção ao suicídio deve acontecer durante todo o ano, porque a dor e o sofrimento emocional duram dias para alguns, mas meses e anos para parte significativa da população. Temos que estar sensibilizados e mobilizados para trabalhar sempre que possível em todos os espaços”, afirmou Adeir Archanjo.
Para a chefe da Unidade de Suporte à Urgência (USU) da UFGD, Maria Michelle Teixeira da Matta, é um prazer realizar um evento como este, porque além da palestra, é um momento de acolhimento, de troca de informações e de algumas angústias que cada um traz. O grupo será o espaço para conversar sobre a dor e o sofrimento na perda de um ente querido e também para as dores de alguém que quer atentar contra a própria vida.
REALIZAÇÃO
A palestra “Diálogos sobre Prevenção e Posvenção do Suicídio” terá sua segunda parte nesta terça-feira, das 8h às 11h15 e está sendo organizado pelo Grupo de Pesquisa Saúde, Espaço e Fronteiras (GESF) e pela Unidade de Suporte à Urgência (USU) com apoio da Ouvidoria e da Funaepe (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão).
INFORMAÇÕES
E-mail: gadsuiufgd@gmail.com
Evento: https://www.facebook.com/events/422510138174913/
Fonte: Assessoria de Comunicação da UFGD
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