terça-feira, 8 de maio de 2012

A VISÃO DA MORTE AO LONGO DO TEMPO


Se levarmos em consideração o parecer do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, os animais só

conhecem o presente, não tendo experiência das dimensões temporais do futuro e do passado. “Justamente por causa disso, os animais não sentem propriamente sequer a morte: eles só poderiam conhecê-la quando ela se apresenta; mas então, eles já deixaram de ser. Desse modo, a vida dos animais é um prolongado presente. Sem reflexão, eles vivem nele e nele sempre sucumbem inteiramente”.

Por causa disso, para Schopenhauer, em sua célebre visão pessimista do mundo, é a compreensão


da finitude e da morte, tornada possível pela abertura temporal do ser humano, que constitui a autêntica raiz da filosofia, assim como das religiões: “O animal só conhece a morte na morte: o homem, com sua consciência, a cada hora se aproxima mais de sua morte, e isso torna a vida por vezes árdua até para aquele que ainda não reconheceu no todo da vida mesma esse caráter de permanente destruição.

Principalmente por causa disso o homem tem filosofias e religiões”.

Oswaldo Giacoia Júnior

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A morte é sinônimo de saudades...